30.10.04

Regionalismos e Familiarismos

Aqueles que, como eu, gostavam das aulas de português, lembram-se certamente daquilo que se chama de "regionalismos". O regionalismo não é mais do que um registo de língua próprio de uma determinada região ou área. Mas melhor que os regionalismos, só mesmo os familiarismos. Já aconteceu a toda a gente concerteza, visitarem a casa de um amigo ou conhecido e aperceberem-se de que certos objectos não têm em casa dele o mesmo nome que em vossa. A mim aconteceu-me hoje à tarde.
Estava em casa de uma amiga minha - já agora, um beijão para ela (sim, é a mesma do seio) - e fui recolhendo vários familiarismos por casa dela. Por exemplo a definição de faca de cozinha para ela é navalha. Eu sempre lhe chamei faca de cozinha. Quanto mais, facão, mas só aquelas realmente grandes. Ela diz que são navalhas. Por mim tudo bem. Agora tenho mas é que ter atenção quando for cortar o cabelo, não vá o barbeiro aparar-me com uma faca de cozinha, ou pior - glup - com um facão.
Mas esta nem foi a palavra divertida da tarde. O utensilío doméstico que leva o prémio de "Mas que raio é que tem a ver" vai para: uma espátula. Sim aquele utensílio que se utiliza para rapar as formas dos bolos e etc., sabem como é que a minha amiga lhe chama? Salazar. E a pergunta que vos vai na mente é concerteza "Mas que raio é que tem a ver?" e a resposta é muito simples. Segundo ela, aquilo é como o Salazar: rapa tudo.
Enfim!